No dia de hoje, conforme
documento transcrito há 183 anos, a Comunidade de São Jozé do Parahytinga
ganhava sua primeira demarcação geográfica.
PROVISAO
DE ERECÇAO DA CAPELA CURADA DE SAO JOSE DO PARAHYINGA
(Livro do Tombo)
Dom Manuel
Joaquim Gonçalves de Andrade, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo
de São Paulo, do Concílio de Sua Majestade Ilustríssima, Constitucional, etc.
Fazemos
saber que attendendo Nós ao que por sua provisam representaram os moradores do
Bairro do Parahytinga, termo da Villa de Mogy das Cruzes, e ao officio de 24 de
Janeiro do corrente anno; que nos foi enviado pelo Conselheiro Geral desta
Província. Havemos por bem declarar Capela
Curada a de São Jozé da Parahytinga, do ditto termo de Mogy das Cruzes, e
será a sua *díviza com a ditta. Villa a Ponte do
Parahytinga, pelo lado esquerdo the ganhar o Pico do Serrote, **Seguindo dahi pelo mesmo; e pelo lado direito da
ditta Ponte the chegar o Rio Tietê, seguindo por elle assim the onde faz Barra
o Rio Claro.
E para a
todo tempo constar será esta registrada nos Livros do Tombo tanto da ditta
Villa como da mencionada Capella, Curada.
Dada em
São Paulo, sob Nosso Signal e Sello das Nossas Armas, aos 25 de Outubro de 1.831.
E eu, o Pe. Fernando Lopes de Camargo,
Escrivam Ajudante da Camara de Excelência Reverendíssima, que escrevi.
Lugar do Sello + Manuel, Bisp
Nada mais continha, Mogy das Cruzes, 13 de
Setembro de 1.834.
O
Vigário Pe. Joaquim Franco de Camargo
Transcrito fielmente do livro Notas de
História Ecelesiástica ‑ 11 Mogy das Cruzes e seus fundadores ‑ 111 Baruery‑Parnahyba
‑ IV Cutia ‑ 1937 ‑ Empresa Graphica da "Revista dos Tribunais" ‑ Rua
Xavier de Toledo, 72 ‑ São Paulo ‑ de autoria do saudoso Dom Duarte Leopoldo e
Silva, Arcebispo Metropolitano de São Paulo.
Mogi das Cruzes, 18 de Março
de 1.968.
Pe. João de Oliveira Rosa
Filho, Chanceler da Diocese de Mogi das Cruzes.
.............................................................................................................................................
Os pontos evidenciados são resultados de pesquisa pessoal. O primeiro cita: *díviza com a ditta. Villa a (até) Ponte do
Parahytinga (nas proximidades do atual
paredão da represa do mesmo rio), pelo lado esquerdo the ganhar o Pico do
Serrote (poderia ser a Pedra ou Pico do
Itaguassú-), **Seguindo dahi pelo mesmo; e
pelo lado direito da ditta Ponte the chegar o Rio Tietê, seguindo por elle
assim the onde faz Barra o (foz do) Rio
Claro.
Vista
da Serra dos Monos - seguindo pela estrada da Barra - é possível notar toda a
extensão do Vale do Paraitinga até a conhecida Pedra ou Pico do Itaguassú
(pedra muito grande). De outro ponto elevado, desta vez pela estrada do Barro
Amarelo (Pico da Torre), é possível ver grande extensão do Rio Tietê até a foz
do Rio Claro. Somando os dois pontos de observação e considerando o critério
divisor de águas, dava para se ver uns 80% das terras que estaria sob
jurisdição eclesial da nova comunidade.
Com documentos de André Ricardo da Silva
e Foto Faria.