domingo, 22 de setembro de 2019

Um Fio de Esperança.

Os moradores e usuários da Rua Armindo Soares de Campos, ou da popular estrada da Barra, vivem momentos de expectativas. 
Lembrança do verão passado
Na última semana, após um comunicado por escrito ser entregue nas residencias esclarecendo a forma de como será interditado durante a obra o uso daquela via de acesso a cidade-bairro e vice-versa, levas de materiais foram depositados entre o fim da Avenida Pedro Rodrigues de Camargo Neto e início da citada rua. Guias, blocos, dezenas de manilhas, pedra e areia (divididas em dois pontos: no inicio e na altura do número 200). É o andamento de uma obra que se iniciou em anos passados, mas que se fez mais necessária no último verão  com o desprendimento de grandes rochas das encostas pondo em risco a vida dos moradores que residem em lado direito e partes mais baixas da estrada. 
Caixa em construção
Manilhas blocos.

Vale lembrar que é uma obra  desejada pelos munícipes oriundos do Bairro da Barra e adjacências. É o principal meio de acesso às pousadas, via de comunicação inter-bairros,  dos transportes escolares e de manutenção da rede elétrica muito prejudicada no período das chuvas de verão. 

É uma estrada que sempre apresentou dificuldades de transposição nos dois quilômetros iniciais em virtude da região montanhosa em que se encontra, de seu formato estreito e por ter em sua base a presença de saibro, material erosivo e facilmente transportado pela ação das enxurradas 
Guias
Manilhas


O reinicio foi no dia 17/09 e, pelo montante de material estocado, acredita-se de que ela se estenderá até o limite do perímetro urbano, demarcado pelo antigo mapa cartográfico municipal. 

O desejo de ver toda a extensão daquela rua pavimentada ainda é um sonho, mas com a melhora de seus pontos cruciais, o acesso ao centro urbano será facilitado.

Por hora, além das expectativas, há o desconforto das obras e das interdições; no entanto, há a certeza de melhorias e, se isso ainda não trouxer a solução dos problemas, será mais um passo dado!..

Fotos: snascimento.




quarta-feira, 10 de julho de 2019

Operação pente fino


E persiste o desejo dos políticos brasileiros em reestruturarem e oficializarem as novas regras para as aposentadorias da Previdência Social. Após meses de discussão, finalmente, está sendo discutida e deverá ser votada na Câmara Federal as regras para a Reforma Previdenciária. Não há como negar de que os tempos são outros e que as necessidades se ampliaram exigindo a reposição de caixa para atender a uma população que envelhece, que precisa de mais estrutura e que tem o direito de ser amparada.
No ano de 2017, concluiu-se uma CPI que expôs de forma escandalosa os números dos descasos da fiscalização, ignorada pelo Estado, trazendo à tona ampla relação dos devedores para com aquele Órgão Governamental. As cifras são elevadas e permanecem em compasso de espera. A justificativa para tal correção das discrepâncias econômicas visa -segundo eles- corrigir a deficiência orçamentária em comparação com o déficit anual e a arrecadação. Citam algo em torno de 309 bilhões de reais para 2019¹, e com previsão de aumento gradativo estimado para as próximas décadas. Entre os debates acalorados, é comparada com a metáfora do pente fino que, entre outras ações, promete reaver aposentadorias ilegais e as cancelando com o reaproveitamento desses valores no combate às defasagens orçamentárias para os anos vindouros. Curioso e alheio aos debates é a falta de relatos de como andam as buscas para a reposição daquelas importâncias que se encontram esquecidas nos cofres de grandes empresas que não cumpriram seus compromissos. Segundo a CPI conclusa em 2017², os devedores -na ordem de 450 bilhões- entre as 500 maiores instituições estavam pendentes contra um déficit em torno de 250 bilhões. Segundo Rodrigues, [...] o Poder Executivo desenha(va)-grifo meu- um futuro aterrorizante e totalmente inverossímil sugerindo acabar com a previdência pública e criar um campo para atuação das empresas privadas’. RODRIGUES, (2018).
Além das empresas citadas, há outro segmento (entre tantos) que também ostenta grandes rombos para com a Previdência - os grandes clubes de futebol³- com um montante aproximado de 800 milhões. Entre eles se encontram aqueles que detêm os maiores salários com seus colaboradores, que têm uma fonte segura de arrecadação e um complexo sistema de divulgação envolvendo todas as formas de mídias cativando um público fiel para com o seu produto; público esse que, a cada inovação legislativa vê seu futuro cada vez mais incerto. ALCANTRA, (2017)
Há segmentos jornalísticos que descrevem futuras ações governamentais aguardando a Reforma em discussão, e de que o governo vai fechar o cerco contra os devedores contumazes*. Segundo o Caderno Economia do Correio Brasiliense, com matéria creditada à Agencia Estado do dia 27/02/2019, afirmava que “há projetos que virão ao encalço das Reformas em tramitação buscando recuperar os valores em atraso com acordos e punições às grandes devedoras”. Será, então, uma retomada com o ocorrido no início dos anos 90, do s.p., quando a advogada Jorgina de Freitas foi acusada, condenada, tendo seus bens confiscados e sendo considerada a maior fraudadora da Previdência Social. É o que se espera. Como é noticiado nas grandes mídias, dá-se a entender que, no momento, o alvo principal da Reforma é a classe média-operária, rural, microempresários, os pensionistas e aposentados...  
Nos próximos dias, entre sessões extras e muita discussão, o debate prossegue. Em seu contexto, há a presença de atos populistas, concessões de obras encalhadas, enxurradas de compartilhamentos em mídias socias de prós e contras, e todos prometendo que o feito, se aprovado, irá sanar a ferida exposta; entretanto, a postura dos líderes deixa a desejar se realmente querem curar a ulcera ou se apenas cobri-la com uma gaze para mantê-la latejante. O imenso rol de entidades devedoras da Previdência que o diga².
Noticiou-se, também, de que o Projeto tem (ou teria) o nome fantasia de Pente Fino, mas há controvérsias. O pente fino era um instrumento muito conhecido pela a sua utilização, nos cabelos malcuidados, visando eliminar os filhotes das muquiranas que se instalavam no couro cabeludo desprovidos de higiene. Os estreitos espaços entre os dentes facilitavam as retiradas das lêndeas e larvas que não eram visíveis aos olhos dos “catadores”. Com a contenção das notícias nas mídias influentes, o “pente fino” do Planalto atua de forma oposta. A ação do pente arrancava fios de cabelos soltos, muquiranas, células e sujeiras que se prendiam em seus dentes; a Reforma Previdenciária, (a grosso modo) aparenta caçar as lêndeas e larvas, mas poupando os ácaros mortos (massas falidas), os piolhos saudáveis e a cabeleira suja.   
Referências.
1VALENTE, Gabriela. O Globo Economia. 27/02/2019 - 15:43 / Atualizado em 28/02/2019 - 07:23 Disponível em https://oglobo.globo.com/economia/rombo-da-previdencia-sera-de-309-bilhoes-em-2019-preve-governo-23485687
2 RODRIGUES, Edson- Agência Estado.23/10/2017, 19h51 - ATUALIZADO EM 01/03/2018,14h22 Disponível em:  https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/10/23/empresas-privadas-devem-r-450-bilhoes-a-previdencia-mostra-relatorio-final-da-cpi
3 ALCÂNTARA, Rodrigo. SPFC Notícias. 20 clubes com maiores dívidas na Previdência Social 12/04/2017 . Disponível em: http://spfcnoticias.com/20-clubes-com-maiores-dividas-na-previdencia-social/






MÁSCARA TRANSPARENTE



Onde quer que você vá, sempre haverá alguma mensagem exposta. Outdoors, fachadas de lojas, adesivos em carros, luminosos... Mensagens mudas que, aos poucos, vão ocupando espaço no subconsciente de quem as observa. Outras formas de comunicação, também silenciosa, são comuns no dia-a-dia. O jeito de se vestir, de andar, o corte dos cabelos. Atos e gestos espontâneos que situam o indivíduo em sua classe social e evidenciam o contexto, cômico ou dramático, em que vive. Assim, o caráter equilibrado e a simpatia, são virtudes adquiridas na boa convivência com os demais; já o aspecto rancoroso, mostra o lado contrariado que a educação e os hábitos diários não conseguem disfarçar. Da mesma forma, o riso fácil, pode ser sinal de altruísmo ou malandragem: só uma análise acurada poderá desmistificar. Inconsciente do que representam, passeiam os conservadores, os clássicos, os metódicos, os provocantes, os humildes e também os ingênuos, protegidos pela exagerada simplicidade. Os traços físicos relatam a origem; os gestos mímicos traduzem a porção oculta que as palavras não conseguem personificar. A estrutura física, por si, demonstra a idade aproximada e os traços de cada sexo. Porém, o lado teatral camufla os vícios, a ansiedade, imperfeições físicas e emocionais, a dura realidade que só os momentos de solidão e o espelho do banheiro retratam. Vestido dessa máscara, lá vai o povo com a sua dramaticidade peculiar em suas andanças. Em contrapartida, a sociedade, analisando sua postura e atitudes, poderá enaltecê-lo ou “despi-lo” em plena rua. Em suma, onde quer que se vá, direta ou indiretamente, o mundo lhe fala. Basta entendê-lo!


















sexta-feira, 31 de maio de 2019

A sinfônica.

Não importa a diferencialibidade dos mais estranhos e exótico instrumentos, na orquestra tudo se encaixa.
      O silêncio se impõe de forma inquietante. Instintivamente ela se eleva e traça no ar movimentos compassados e de forma ininterrupta. Ela, a batuta, com sua aparência franzina é enérgica! No seu vai e vem, convoca a cada instrumento ordenando sua entrada ou saída de cena. Assim, todos os metais, por ordem são chamados e, mesmo com seu tom estridente, não se impõem sobre o coro virginal oriundo das cordas. Igualmente, o baixo tuba e os tambores se respeitam. Juntos, criam uns sons harmoniosos, envolventes. Não importa a diferencialibidade dos mais estranhos e exóticos instrumentos, na orquestra tudo se encaixa. Se juntos executarem grupos de pianos, corais de centenas a milhares de vozes, tudo sairá uníssono. Em seu momento, a sutil flauta faz frente às sopranos, aos tenores e, até mesmo ao poderoso gongo japonês. Em tudo há cadência, pois, embora diferenciados entre si, os graves, contraltos ou aveludados, seguem pela mesma trilha da partitura que, com suas poucas linhas, permite breves escapadas, mas nunca o seu total desprendimento. Agindo dessa forma, têm suas sonoridades respeitadas, portanto; se grandes ou pequenos, seguem pela mesma estrada. Ordeiramente vagam pela breve, semibreve até as semifusas em compassos certeiros sob a regência da implacável e dinâmica batuta. As “fusas” exigem dos instrumentistas muita agilidade; são como crianças saudáveis que recreiam pelas ruas. As “colcheias” se assemelham aos adultos que ponteiam a harmonia; as “breves”, lembram o lado metódico da população. Todo o conjunto forma um evento singular que embala os sonhadores. As peças se alteram: clássicas, dramáticas, as sonatas.
   
 A perfeição do sincronismo musical se dá em virtude da rígida marcação e da interpretação das notas e escalas pelos músicos. Por trás de cada peça, há um ser humano dando vida aos símbolos musicais. É o cérebro o conversor dos sinais em sons e, através deles, os gráficos determinam os movimentos dos dedos nas cordas ou nos teclados; das mãos hábeis nas baquetas ou na batuta que os rege com todo o vigor.
   
 Agora, convenhamos. Se por trás de cada instrumento há pessoas e, se parte delas a execução afinada da sinfonia; então, porque na vida real o mesmo não sucede? Se os músicos estudam durante a infância para que, quando adulto, possam ocupar um lugar de destaque na orquestra; mas as pessoas treinam a vida inteira para se harmonizarem! Têm sua Carta Magna e elegem seus regentes aos quais por si se submetem a todos os tipos de exploração. São talentos dignos de grandes peças, mas se fazem inúteis diante incontáveis momentos inglórios originando um imenso submundo explorado indignamente. Formam uma orquestra apática num concerto desafinado. Mas, afinal, na sinfônica humana, quem desafina?...São os “músicos” ou os “regentes”?

Publicado no Jornal A Notícia /11/02

sábado, 19 de janeiro de 2019

Em compasso de espera.



Com a melhoria feita pela prefeitura, a enxurrada não desbloqueou mais o barranco, mas a gigantesca pedra continua em posição perigosa. Há sinais de trinca em sua estrutura (foto 2), o que pode parti-la em pedaços menores caso ela venha a se desprender da encosta. É um risco que os moradores próximos correm. O ideal será a sua implosão e a colocação de uma calha em toda a extensão da rua sujeita a queda de barreira.  


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Rua Armindo Soares de Campos, atualizada.


 Com o amanhecer, as condições da Estrada da Barra, ou Armindo Soares de Campos, tornam-se visíveis




Como sempre, o jeitinho salesopolense funcionou e já é possível atravessar com veículo de pequeno porte. As imagens mostram o tamanho do problema que aguardava, mas fica o alerta. Com a atual canalização das enxurradas que descem pela estrada da Barra, novas barreiras virão a cair e os moradores das proximidades têm que se manter atentos.





quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

A Rua Armindo Soares de Campos está interditada.



Como já era previsto, bastou uma chuva mais acentuada para que as rochas presas no barranco viessem abaixo. Nesta noite, toda a quela camada de rochas (entre setas) vieram abaixo invadindo a rua. A interdição da estrada na altura do nº. 130, embora possa ser remediada, impede a passagem de carros, mas permite as idas e vindas de motos e ciclistas. O contato com o Bairro da Barra a adjacência está prejudicado. Felizmente, por enquanto, não houve deslizamento sobre as casas próximas, mas com a fragilidade do solo encharcado, as próximas horas causa apreensão.   
Foto snascimento.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Rolam as pedras.



Há tempos que eu venho alertando sobre a real possibilidade de uma grande queda de barreira no início da Rua Armindo Soares de Campos, na altura do nº. 130, aproximadamente. Em contrapartida -e para a felicidade geral-, as chuvas que se precipitaram nos verões passados não atingiram aquela área e, somado a um desvio feito da enxurrada que desceu pela mesma rua, as pedras encrustadas no barranco permaneceram lá. Agora, neste inicio de 2019, as chuvas com maior intensidade vieram e, bastou um volume um pouco mais acentuado e a presença de trovões para que  as primeira rochas vieram abaixo. 


Vale lembrar que com o fim aquele desvio feito um pouco acima e que desviava parte da enchente vindo das montanhas - uns 800 metros- canalizou todo o aguaceiro até o fim de mencionada rua alargando de forma imprevista as valas e descalçando todo o barranco. As próximas chuvas será determinante para a manutenção daquele trecho de estrada e, se os homens não fizerem a sua parte, a Natureza, certamente, fará!

Fotos: snascimento.