O
ano de 2020 está sendo atípico. A pandemia real e a mal dimensionada ampliaram
a distância entre eleitores e aspirantes a cargos públicos. Há contradição nas notícias
tratadas pelos veículos de informação, ao mesmo tempo em que a exploração
financeira e política vem confundindo o eleitor, que ainda é bombardeado pelos “memes
e fake News” capazes de transformar cavalheiros em gatunos e ratazanas em
celebridades.
No
dia 15 de novembro, excepcionalmente, será convocado o sufrágio universal que selecionará
os militantes para a gestão dos municípios. Será uma eleição diferenciada,
ansiando evitar o risco de contágio pelo Covid-19, fato que acarretará numa
série de cuidados visando preservar o bem estar dos funcionários e eleitores. A
disputa terá prejuízo porque as campanhas ficaram limitadas pelo distanciamento
social. A barreira que foi imposta pelo
calor dos acontecimentos, no entanto, foi para todos os segmentos. Nas urnas, eles
estarão testando suas credibilidades, cheias de boas intenções e promessas, à
munícipes cada vez mais desconfiados.
Em
Salesópolis, são cinco os pares numa batalha acirrada pelo apoio popular. Mas há
alguns paradigmas que veem sendo quebrados. Nos últimos pleitos, houve o
fantasma da candidatura do vice-prefeito que acabou se elegendo. Neste ano,
não. Também, por razões particulares, os antigos caciques que se revezavam na
prefeitura ficaram de fora. Em seus lugares, novos pretendentes se
disponibilizaram a buscar o cargo maior; haverá, portanto, renovações. Com a
obrigatoriedade da inclusão da presença feminina no certame, será real a probabilidade
de mais vereadoras eleitas no próximo mandato. Ainda nessa esfera de renovação,
vem proliferando a expectativa de que a reeleição de alguns edis seja rejeitada
pela população. Haja vista, nos EU há uma ferrenha batalha judicial para provar
a existência ou não de fraudes e garantir a permanência de Trump. Isso, no
entanto, trata-se de políticos que buscaram a sua reabilitação nos cargos em
que se mantinham. Já no âmbito municipal em questão, não houve reeleição direta
até o momento, mas é um evento que pode acontecer. Outro fato novo é o fim das
coligações partidárias para vereadores, tendo o grupo que atingir um número
mínimo de votos par selecionar seu representante. De qualquer forma, com cinco
candidatos, o futuro prefeito terá baixa vantagem de votos sobre os demais e correndo o risco de contar com poucos defensores na Câmara, o que acarretará
dificuldades na aprovação dos projetos. Portanto, os próximos anos trarão
grandes desafios, assim como a pandemia que vem assolando o mundo; por outro
prisma, causará a oportunidade de formar novas e atualizadas lideranças para um
mundo modernizado, globalizado e digitalizado, onde tudo ocorre no tocar de
dedos.