Em 2007, uma nova plataforma voltada ao entretenimento é lançada ao mercado brasileiro: o Facebook. Como toda novidade digital, ela apresentava vantagens sobre os concorrentes e, naturalmente, conquistou seu espaço. No decorrer desse tempo, outros aplicativos vieram a se somar a ela e a privacidade social passou a ser algo público. A concorrência entre os meios modernos de comunicação – telefone, foto, vídeos, etc... -, chegou ao ponto inquietante. Não é um elo entre um nível de idade específica: nela navegam jovens, adultos e a animada melhor idade também vem se adaptando e se entregando aos prazeres digitais. Não se pode negar de que se trata de um veículo importante para a atualidade. Com ela, pode-se integrar com o planeta e, sem sair de casa. A maleabilidade com que permite o envio de imagens, áudios, vídeos, faz do Facebook, assim como outros canais eletrônicos, janelas que permitem vasculhar o mundo. Através delas, é possível saber o que existe atrás das montanhas, dos mares; todos os continentes se interagem e não há mais motivos para se sentir isolado. Basta ter uma conta em sua responsabilidade e todos os mistérios e segredos da humanidade podem estar em sua mão, num clic.
Mas
nem tudo são vantagens. Para o seu uso pleno há regras que são pelo usuário
aceitas e as mesmas permitem que a empresa administradora acesse e analise os conteúdos
em trânsito. Isso se deu em virtude do mal uso dessas plataformas, onde
notícias falsas são propagadas com a mesma intensidade que as verdadeiras. Haja vista o rigor com que as administradoras
se impuseram, recentemente, ocultando “news” enviadas por autoridades mundiais.
Após ter constatado que as “fakes” foram nocivas na campanhas eleitorais e
continuaram prejudicando condutas de pessoas do bem. As provedoras admitem que, se necessário, aplicam um olhar crítico sobre o post para evitar que esse mal se expanda, orientando, mas respeitando o direito universal de expressão dos países democráticos.
Todos os usuários devem atentar para o conteúdo que expõem. A responsabilidade
pelos posts é de cada um; portanto, uma vez publicada, as camadas que por ele
foram indicadas terão pleno acesso às suas intimidades reveladas nos arquivos,
nos textos, nos subtextos; sem falar nos hackers que sondam as publicações
atrás de temas e dados de seus interesses. Se a opção for ao público, todos que
entrarem na plataforma terão acesso aos seus documentos, fotos e afins, e eles
trazem todo o contexto psicológico com que o autor convive. As matérias, em
geral, visam divertir, relembrar, expor opiniões ou alimentar o ego. A
ferramenta é a ponte entre o povo e seus contatos; já para a massa, bom mesmo e
um número elevado de curtidas.
A noção de importância que as redes sociais têm na vida, entre outras coisas, nota-se quando alguém procura ingressar em alguma agremiação, ou numa entrevista de emprego. Um dos itens indagado é se o candidato faz uso de redes sociais; motivo; através delas, os analistas identificam as forças que movem o usuário como tristeza, ansiedade, aptidão política, liderança, tédio. Aquilo que as palavras não expressam, os posts contínuos demonstram de forma clara aos pesquisadores. As suas ações e reações relatam de forma sigilosa e verdadeira, as virtudes e defeitos que a educação, que as formalidades ocultam e a sua discrição tenta disfarçar. Logo, a janela que lhe descortina o universo é a mesma que expõe ao mundo o seu perfil sem mascara; com seus encantos, suas mazelas e temores.
Quando for postar algo de foro íntimo, pense nisso!