Vista parcial em Janeiro |
Nos
últimos anos, a falta de chuva nas cabeceiras do Tietê trouxe desolação para a
região. No ano passado já não houve piracema pela falta de água e as
interrupções nos canais fluviais. Das represas que sofriam com essa
dificuldade, a barragem de Ponte Nova era uma exceção. O desnível do aterro
preservou um grande lago acima do aterrado e que mantinha ali um mínimo de vida
aquática. No início do ano já se falava na drenagem daquele lago. Eu mesmo
publiquei em S.O.S Ponte Nova, em janeiro, uma nota sobre o assunto:
“Mesmo tendo esse fim
anunciado em virtude da falta da chuva, já se espalha pela redondeza de que a Sabesp/DAEE irá
drenar aquele grande lago que se mantém acima do aterrado devido ao desnível
geográfico. Ou seja, na busca por uma solução passageira – as precipitações se
aproximam e o conteúdo daquela lagoa será um paliativo -, poderá destruir muitos alevinos e ovas que estão sendo depositadas nas
matas ciliares, visto que aquela reserva é uma sequencia da represa e mantém em
seu leito ampla quantidade e variedade de peixes”.
Hoje |
O que antes era um presságio, agora é realidade. Hoje o antigo lago se
tornou lama. Nem
peixes, nem água, nem os veranistas. Outro fato que me chamou a atenção é época
que se deu início a obra. A primavera vem trazendo chuva e, ao que tudo indica,
o verão será com muita água e aquele trabalho está sendo executado num período desfavorável
quando se trata de terraplanagem. Isso mostra que os moradores da região do
Alto Tietê terão que utilizar a estrada da Usina já que a espera para a execução
da ponte pode aumentar. Por outro lado, o fim do lago despejou no que resta do
açude toda a reserva de vida aquática, vida essa que terá dificuldades em se
repor; motivo: o grande Tietê não passa de um ribeiro e, no estado atual, a
piracema não ocorrerá.