João Nunes dos Passos. A. Familiar |
Para
atuar na Revolução Constitucionalista de 1932, o jovem João Nunes dos Passos
foi convocado. Nos meses seguintes, atendendo às ordens militares, cumpriu todas
as tarefas que lhes foram ordenadas. Após a derrota dos paulistas frente às
tropas federais, embora traumatizado por tantos riscos, foi retornando, aos
poucos, à sua vida de camponês. Das tantas agitações, nada sobrou; motivo:
devido a sua extrema humildade, ele não sabia que fazia jus a documentos que
comprovassem a sua estada no Exército; e a falta desses papéis impediu o seu acesso
a uma remuneração vitalícia pelo feito.
Abílio Nunes dos Passos. F.F |
Já
na Segunda Guerra Mundial, um de seus irmãos também fora convocado: Abílio
Nunes dos Passos. Como de praxe, foi obrigado a cumprir todas as exigências
militares, fez os treinamentos no Brasil, mas, por um desencontro nos dias que
antecederam ao embarque para a Europa, ele seguiu e permaneceu em outra Companhia.
Uma vez na Itália enfrentou os alemães e foi o único salesopolense a tombar no
Monte Castelo. Segundo o saudoso pracinha Pedro Flóes de Oliveira, “a FEB lutou na véspera da conquista do Monte
Castelo e, com outros combatentes, tiveram grande importância ao dominarem
pontos estratégicos que levaram a derrota daquele Forte Alemão. Mas, como consequência,
houve um número grande de baixas entre eles; por isso, no dia seguinte, foram
orientados a permanecerem em prontidão, mas em segurança”.
Naquele que foi o dia da vitória - esperada
por meses - a exatos setenta anos (21.02.1945),
dos vinte salesopolenses em Campanha, só o soldado Abílio combatia e acabou
assinando com seu sangue aquele sucesso. Após o triunfo, seus restos mortais
permaneceram no cemitério de Pistóia até serem trazidos para o Brasil.
João Nunes dos Passos. C.V |
Cemitério de Pistóia. Google. |
À
família enlutada cabe a sensação de dever cumprido, e as nossas eternas
condolências!